30/05/2007
o que será o amor?
um comércio? uma ficção? um sentimento? uma obsessão? um casamento? um consentimento? fiz um esboço sobre o amor
29/05/2007
pub
performence de nuno ribeiro, uma das oito .
______
hoje à noite, o amor
Ciclo de mini-espectáculos para ficar a perceber ainda menos sobre o amor #4 + ETCs
29 30 e 31 de maio no E S PA Ç O
29 30 e 31 às 22h00 em ponto | para ficar a perceber ainda menos sobre o amor #4 , um mini-espectáculo de Clara Alves de Sousa
ETCs
29 30 e 31 |
Corte e desbaste (documentário por concluir) de André Soares + Performance is dead#11. don't fake. fuck me de Sandra Andrade + Projecto/corpo vazio de Rui Effe + Bolha de Ângela Berlinde
à hora em que as crianças já estão deitadinhas |
29 às 23h| música de baile providenciada por valter hugo mãe
30 às 23h| Hugo Sirgado passa cds
31 às 23h| …Oooops!! (aka Beck to the future & Radical extremist)
VAI SER QUASE SEMPRE ASSIM NOS 3 ÚLTIMOS DIAS DE CADA MÊS
procura a lâmpada!
no E S P A Ç O|Trav. do Caires nº 39 Maximinos|Braga (à estação da CP)
Info e reservas |919960490 | 962743638
27/05/2007
Imagem do blog
A imagem de um blog é importante?
Porque é que a imagem deste blog está sempre a mudar?
Será esta a imagem final?
Quem faz as mudanças da imagem?
imagem 1: Isabel
imagem 2: Rui Faria
imagem 3: imagem de Rui Faria transformada por Marta
imagem 4: imagens de Isabel e Rui Faria transformadas por Marta
imagem 5: Rui Effe, ainda não aplicada ou transformada
Porque é que a imagem deste blog está sempre a mudar?
Será esta a imagem final?
Quem faz as mudanças da imagem?
imagem 1: Isabel
imagem 2: Rui Faria
imagem 3: imagem de Rui Faria transformada por Marta
imagem 4: imagens de Isabel e Rui Faria transformadas por Marta
imagem 5: Rui Effe, ainda não aplicada ou transformada
26/05/2007
Auto censura
Dou por mim a auto censurar alguns conteúdos que gostaria de publicar no meu blog, alguns links para trabalhos de artistas como por exemplo este, este ou este. É que agora sei que os meus alunos lêem o blog (idades entre os 10 e 12 anos) e podem não compreender bem a razão pela qual coloco lá os links - admiração ou surpresa sobre o trabalho artístico - não querendo significar que ache muito bem que qualquer pessoa os imite fora de um contexto específico de criação artística. Alguns alunos em diferentes escolas já me confessaram pintar graffitis ilegalmente, ou melhor, desenhando suas Tags em espaços não autorizados à noite com grupos de amigos. Alerto sempre para a ilegalidade dessa acção, explicando que se podem juntar para propôr por exemplo na escola o desenvolvimento de um projecto que envolva a pintura das suas Tags legalmente ajudando assim a embelezar o espaço escolar. E agora surpreendo-me a auto-censurar a publicação de alguns links!
É um facto que temos influência sobre os alunos, daí termos que ter um redobrado cuidado com a informação a que os expômos e tornamos pública.
Uma questão muito actual, o acto público do professor mesmo fora da sala de aula, e sua consequente responsabilidade. Um bom exemplo de um blog de uma professora para seus alunos é sem dúvida este.
Contestem este post por favor, gostava tanto que o contestassem!
Uma questão à qual voltarei.
É um facto que temos influência sobre os alunos, daí termos que ter um redobrado cuidado com a informação a que os expômos e tornamos pública.
Uma questão muito actual, o acto público do professor mesmo fora da sala de aula, e sua consequente responsabilidade. Um bom exemplo de um blog de uma professora para seus alunos é sem dúvida este.
Contestem este post por favor, gostava tanto que o contestassem!
Uma questão à qual voltarei.
24/05/2007
20/05/2007
Louis Armstrong
Fiz uma pausa, ouvi Louis Armstrong, e lembrei-me de ter lido algures as palavras de alguém ligado ao canto, que dizia que Louis Armstrong tinha aquela fantástica voz porque colocava "mal" a voz.
O quanto não vale fazer "mal" algumas coisas!
O quanto não vale fazer "mal" algumas coisas!
Ouvi esta semana o autor do livro Sala de aula interactiva, Marco Silva, dizer «Estamos há 5000 anos a exercitar uma docência presencial, e agora a partir da docência online temos um grande desafio».
Quando pensamos na actualização da indústria dependente de máquinas, o desafio de mudança existe mas não parece tão grande quanto aquele que exige uma efectiva mudança dos comportamentos humanos de comunicação com outros humanos. Não se consegue programar o professor para começar a interagir de uma nova forma com os seus alunos, nem se consegue "desprogramar" dos alunos as capacidades de interactividade já adquiridas para continuarem a comunicar na "velha forma" com os seus professores.
Se há grandes desafios de mudança, acredito que serão sempre em campos que dependam da relação e comunicação entre humanos.
Quando pensamos na actualização da indústria dependente de máquinas, o desafio de mudança existe mas não parece tão grande quanto aquele que exige uma efectiva mudança dos comportamentos humanos de comunicação com outros humanos. Não se consegue programar o professor para começar a interagir de uma nova forma com os seus alunos, nem se consegue "desprogramar" dos alunos as capacidades de interactividade já adquiridas para continuarem a comunicar na "velha forma" com os seus professores.
Se há grandes desafios de mudança, acredito que serão sempre em campos que dependam da relação e comunicação entre humanos.
17/05/2007
Questionar para aprender
De um texto dirigido a estudantes:
"One of the greatest challenges in biology is to frame appropriate and productive questions that can be pursued by the technology at hand. You have probably had a great deal of experience in solving pre-posed problems (eu diria "exercises"), such as those found at the end of textbook chapters. However, if you were asked to go into a lab or out in a field and pose a research question, you will find that this is often difficult to do without some practice...."
"One of the greatest challenges in biology is to frame appropriate and productive questions that can be pursued by the technology at hand. You have probably had a great deal of experience in solving pre-posed problems (eu diria "exercises"), such as those found at the end of textbook chapters. However, if you were asked to go into a lab or out in a field and pose a research question, you will find that this is often difficult to do without some practice...."
from www.Bioquest.org
Eu diria mesmo muito difícil, mesmo com prática!
Como ensinar os alunos a colocarem questões para a resolução de problemas em contextos reais?
"Poderá a complexidade ser a resposta para a motivação e sucesso na aprendizagem de ciências?"
16/05/2007
o hábito de ouvir música
Já se tornou hábito ir a concertos e depois ficar com esta e com aquela música no ouvido. Há dias tirei (ilegalidades declaradas) um album via net, um concerto a que assisti na Páscoa.
Não o consigo parar de ouvir, apesar de ser um Requiem!
Não vou fazer uma questão, mas acontece-vos o mesmo? de ficarem horas e horas a ouvir a mesma música? sem encher e sem cansar?
a mim acontece periódicamente, estarei doente?
Não o consigo parar de ouvir, apesar de ser um Requiem!
Não vou fazer uma questão, mas acontece-vos o mesmo? de ficarem horas e horas a ouvir a mesma música? sem encher e sem cansar?
a mim acontece periódicamente, estarei doente?
13/05/2007
... o interesse na aprendizagem.
Achei interessante esta abordagem publicitando uma conferência cujo tema é a educação «“Uma estética alternativa: Arte & Biomatemática”» que haverá em Serralves no próximo dia 29 de Maio...
Se lerem talvez possamos conversar sobre isso... o interesse na aprendizagem.
E ainda podem ver algo sobre a conferência do dia 15 de Maio incluida na mesma série de conferências sobre a educação.
Se lerem talvez possamos conversar sobre isso... o interesse na aprendizagem.
E ainda podem ver algo sobre a conferência do dia 15 de Maio incluida na mesma série de conferências sobre a educação.
12/05/2007
Nem sei que título dar a este post!
Acabei de ler neste blog este post: «A pre-service teacher has been denied obtaining her teaching degree because her MySpace profile featured a photo of her with an alcoholic beverage in hand, including the caption “Drunken Pirate.” Pirate or not, she’s suing the university, and generating a huge online debate on how to balance educational professionalism, online responsibility and appropriate punishments.»
Publiquei um post anterior sobre o controlo que os site meteres permitem ter sobre quem visita determinada página web. Pouca indignação houve! Não que quisesse muita indignação com o post, quis mesmo foi "acordar" a questão. Mas agora é mais grave! Já tinha lido numa notícia no Jornal Expresso que várias empresas começam a fazer uma pré-selecção dos candidatos a um emprego fazendo uma pesquisa na Internet com o nome dos candidatos. Procuram sobretudo imagens em fotografia ou video que os candidatos tenham publicado online, e se considerem "menos própria" eliminam imediatamente a possibilidade de o candidato ir à entrevista de emprego.
É certo que as pessoas se expõe de forma muitas vezes inconsciente das repercussões que essa exposição pode ter...mas também me impressiona o controlo feito à vida dos cidadãos (controlo feito por cidadãos entre si, que não os profissionais de segurança pública). E se mais tarde aqueles que não tiverem qualquer referência do seu nome na Internet venham também a ser excluídos porque..., quem sabe, por qualquer razão.
Mas tenho que ver também o outro lado da questão. Quem hoje se candidata a um emprego sem fazer uma pesquisa com o nome da empresa? E o que acontece quando essa empresa tem o site desactualizado, feio, confuso, ou há más referências sobre a sua gestão?... pois é!
Mas para complicar um pouco mais, há tempos li também no Expresso, escrito pela Clara Ferreira Alves a descrição do que lhe acontece ainda hoje por causa das pesquisas com o seu nome na Internet. Escrevo de memória porque já não tenho o jornal. Alguém há 8 anos (penso) acusou Clara de não ter concluído a sua licenciatura (para resumir muito) ... essa falsa notícia, provada falsa em Tribunal, circula ainda hoje na Internet. O que lhe acontece é que quando é convidada para dar conferências ou editar em alguma parte do mundo onde não a conhecem, a primeira coisa que fazem é uma pesquisa na Internet com o nome de Clara Ferreira Alves, lêem a falsa notícia e (passados 8 anos) ainda lhe pedem esclarecimentos sobre a dúvida levantada.
Quem controla ou é controlado penso que é uma daquelas questões que não tem resposta, mas considero importante reflectir sobre ela.
Publiquei um post anterior sobre o controlo que os site meteres permitem ter sobre quem visita determinada página web. Pouca indignação houve! Não que quisesse muita indignação com o post, quis mesmo foi "acordar" a questão. Mas agora é mais grave! Já tinha lido numa notícia no Jornal Expresso que várias empresas começam a fazer uma pré-selecção dos candidatos a um emprego fazendo uma pesquisa na Internet com o nome dos candidatos. Procuram sobretudo imagens em fotografia ou video que os candidatos tenham publicado online, e se considerem "menos própria" eliminam imediatamente a possibilidade de o candidato ir à entrevista de emprego.
É certo que as pessoas se expõe de forma muitas vezes inconsciente das repercussões que essa exposição pode ter...mas também me impressiona o controlo feito à vida dos cidadãos (controlo feito por cidadãos entre si, que não os profissionais de segurança pública). E se mais tarde aqueles que não tiverem qualquer referência do seu nome na Internet venham também a ser excluídos porque..., quem sabe, por qualquer razão.
Mas tenho que ver também o outro lado da questão. Quem hoje se candidata a um emprego sem fazer uma pesquisa com o nome da empresa? E o que acontece quando essa empresa tem o site desactualizado, feio, confuso, ou há más referências sobre a sua gestão?... pois é!
Mas para complicar um pouco mais, há tempos li também no Expresso, escrito pela Clara Ferreira Alves a descrição do que lhe acontece ainda hoje por causa das pesquisas com o seu nome na Internet. Escrevo de memória porque já não tenho o jornal. Alguém há 8 anos (penso) acusou Clara de não ter concluído a sua licenciatura (para resumir muito) ... essa falsa notícia, provada falsa em Tribunal, circula ainda hoje na Internet. O que lhe acontece é que quando é convidada para dar conferências ou editar em alguma parte do mundo onde não a conhecem, a primeira coisa que fazem é uma pesquisa na Internet com o nome de Clara Ferreira Alves, lêem a falsa notícia e (passados 8 anos) ainda lhe pedem esclarecimentos sobre a dúvida levantada.
Quem controla ou é controlado penso que é uma daquelas questões que não tem resposta, mas considero importante reflectir sobre ela.
09/05/2007
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Uma boa questão colocada pela Isabel num comentário ao post anterior...eu diria uma eterna questão.
Do que gostamos? acrescento... De quem gostamos? Porque gostamos?
Do que gostamos? acrescento... De quem gostamos? Porque gostamos?
Quando tudo está bem
Lourdes Castro. Imagem retirada daqui.
Hoje tive um dia plenamente recheado de acções construtivas entre professora e alunos, de entusiasmo, de vaidade por ser professora e conseguir criar uma relação de prazer da aprendizagem entre a teoria e a prática. Tive o prazer de ouvir o simpático apoio de colegas e encarregados de educação, mas sobretudo ver os meus alunos movimentarem-se autonomamente num espaço preparado por si, com trabalhos criados por si, apresentando-os aos visitantes orgulhosos do resultado final. Tudo se fez com optimismo. Olhava para os alunos e via-os felizes e entusiasmados…pensava…mas porque razão há dias em que tudo parece correr tão bem?
08/05/2007
Mesmo a propósito, vou continuar...
Mesmo a propósito, vou continuar com uma parte do tema do Rui: a condução.
Acho interessantíssimo a facilidade com que a maior parte das pessoas aprende a conduzir e a utilizar a máquina poderosa que é o automóvel, comunicando com os outros condutores, muitas vezes sem "verdadeiramente" comunicar.
A relação com a máquina que é criada com ou sem consciencia disso. É muito interessante a ligação que é feita entre o condutor e a viatura e, bastante complexa quando conjugada com a necessidade de comunicação com os outros veículos e peões.
Conduzir é uma espécie de ferramenta que serve para a vida toda, dá muito jeito, é prático! Para além disso requer actividade e aprendizagem cognitiva e motora. Aprendemos como lidar com uma máquina, aparentemente complexa, e cuja dimensão é maior do que nós! O carro permite-nos ser independentes de uma nova forma. Enfim... criamos um estilo próprio e tudo!
No meio de todas estas questões, a minha questão é: podemos comparar a aprendizagem da condução à das várias disciplinas abordadas nas escolas? O interesse por parte dos alunos, a consciencia da aprendizagem, não deveria ser idêntica? Como uma bela ferramenta para toda a vida?
No fundo, gostava de pensar e questionar convosco sobre a ideia de aprender... aprender ... coisas... envolvimento...
Acho interessantíssimo a facilidade com que a maior parte das pessoas aprende a conduzir e a utilizar a máquina poderosa que é o automóvel, comunicando com os outros condutores, muitas vezes sem "verdadeiramente" comunicar.
A relação com a máquina que é criada com ou sem consciencia disso. É muito interessante a ligação que é feita entre o condutor e a viatura e, bastante complexa quando conjugada com a necessidade de comunicação com os outros veículos e peões.
Conduzir é uma espécie de ferramenta que serve para a vida toda, dá muito jeito, é prático! Para além disso requer actividade e aprendizagem cognitiva e motora. Aprendemos como lidar com uma máquina, aparentemente complexa, e cuja dimensão é maior do que nós! O carro permite-nos ser independentes de uma nova forma. Enfim... criamos um estilo próprio e tudo!
No meio de todas estas questões, a minha questão é: podemos comparar a aprendizagem da condução à das várias disciplinas abordadas nas escolas? O interesse por parte dos alunos, a consciencia da aprendizagem, não deveria ser idêntica? Como uma bela ferramenta para toda a vida?
No fundo, gostava de pensar e questionar convosco sobre a ideia de aprender... aprender ... coisas... envolvimento...
07/05/2007
:
O que se sabe de um sinal vermelho com a sigla STOP bem suja estampada numa rua escura? ---
um crash, de repente um crash e saltei até ao tecto sem trampolim, senti-me noutra galáxia.
A rua estava deserta. do nada, uma coisa cinzenta estava à minha frente.
CRASH.
tudo dentro do meu carro voou, uma coisa cinzenta à minha frente ficou ainda mais coisa.
Um cão gania já com gesso numa pata, uma bebé de colo tinha sido projectada do banco daqueles de bebés de transporte nos carros. uma rapariga de 23 anos sangrava pela anca, diz que pelo air-bag, e um rapaz na flor da idade puxava-me pelo braço, a murmurar no meio dos pescadores que de repente e do anda apareceram," vamos resolver isto à nossa maneira?"
Acordei, pensei muito baixinho para não pregar susto a mim próprio, (tas embriagado, ou tens pressa). Foi então que sugeri: "chamamos os homens das fardas que maior parte das vezes nos intimidam em vez de nos proteger" para resolver-mos isto, "sou o culpado!" e o meu som ali tremeu.
-não, é melhor resolvermos à nossa maneira, retorquiu afincadamente. Toca-me no ombro e sussurrou-me de novo ao ouvido " não tenho carta".
Entendi, entendi parte do propósito.
Sugeri ainda para que fosse ou pedisse a alguém que a fosse buscar a casa,
" Não, não tenho carta mesmo, entendes?"
E mais um pouco do propósito foi entendido.
Eu culpado, assumidamente culpado a ser sujeito a um pedido de misericórdia.
"Arrumamos os carros?", disse-me, "combinado, desde que a bebé e a rapariga; mãe da criança fosse de imediato ao hospital" exigi.
Ouve um telefonema à família toda dos acidentados que os senti ver pálidos como os nossos carros rasgados. E de repente um novo sussurro; "faça lá esse favor, não chame os senhores das fardas, é a segunda vez que é a apanhado sem documento próprio de condução, desta vez vai dentro" disse a mãe da bebé com as mão a trepidar e de boca escondida.
um espirro de lucidez fez-me de todo entender o propósito dos sussurros,
possivelmente, por estar perto de uma série de santos da igreja matriz, ou da minha boa e própria fé aceitei o pedido.
(um táxi chegou e voou ao hospital),
vi o mar, o nevoeiro, senti as ondas, a calma das ondas daquela hora de silêncio contrária à minha.
esperamos, silenciaram-se horas nas vozes, pareceram horas.
o telefone tocou, e alguém disse com a voz calma no outro lado ; "as meninas estão bem, tanto a mãe como a filha já estão a voltar"
inalei as algas todas que haviam li, sentei-me, apertei a mão ao pai da criança que já tinha chegado com uma carta que não a do condutor para a declaração dos seguros.
concentrei-me ainda mais, bebi a luz dos candeeiros bonitos de vila do conde, e fui desenhado num papel duplicado o acontecido: o sujeito A e o B; o A que era eu e o B, o novo e aparecido B era agora o pai da criança.
"onde vive?"perguntei
-"Bairro dos pescadores"disse
engoli um trago de nada,
que bela terra, imaginei , apaixonei-me só pelo nome desse lugar, mas nem o disse por estar compenetrado no desenho dos carrinhos na parte inferior da folha amigável.
as canetas deslizaram assinaturas, até ficou bonita a declaração.
- "quero pagar-lhe um jantar" , "com todo o gosto pagar-lhe-ei um jantar por quem foi connosco".
agradeci, sorri branco por não ter ainda acreditado na sina desta noite, por não estar satisfeito. causei um acidente. uma árvore partiu-se de trsiteza ou do choque , ainda nao sei, a minha matricula e armação bélica da frente do carro voaram. vi muitos pescadores cheios de dúvidas e perguntas. Queria sair dali, engolir até o gaz que se esvazia do meu carro e levitar como um balão, dar um beijo à menina e limpar-lhe as pintas de sangue que lhe tinha surgido na testa, queria vê-la de novo.
-troca-mos números de telefone para marcar o jantar? Questionou o novo B.
-com certeza, mas não precisa de o fazer, disse eu.
- Exijo, foi-me imposto.
Massajava o pulso antes dos cumprimentos normais entre três velhos amigos de 15 minutos o A, o B e o B aparecido; eu, o homem que me murmurou misericórdia e o pai da bebé.
-até um dia destes, será breve diziam-me enquanto esvaziavam da mala toda a tralha que um bebé faz consigo levar.
Arranquei, voei para casa, voei devagarinho por caminhos nunca vistos, flutuava, por nomes de terras escritos nas placas e nunca lidos.
"Cheguei a casa", como foi possível? Sem mínimos, nem médios nem máximos, só com piscas-piscas do género de uma china town qualquer à noite em cidades desertas, assustava as corujas que me esperavam nas alamedas sem a frente do carro. Constantemente, pelo caminho, os outros carros iam-me oferecendo sinais de luz, eram prendas aquela hora, via melhor o meu pulso e a nova decoração do interior do meu carro, como é que o caos pode ser bonito, lá me ia perguntando ao ver livros e coisas que já nem me lembrava de as ver todas aos meus pés.
Tenho agora uma carcaça verde parada à frente da garagem, não entra, alargou.
Parei o motor e atirei-me para cima do volante; revi tudo o que fiz, tudo ao milésimo dos momentos. faltava-me ainda alguma coisa? não cairia em mim sem um último telefonema; ligar ao bairro dos pescadores a custo e a medo.
O telefone tocou, uma, duas vezes, cinco possivelmente até um "olá" do outro lado.
Completaria o que me faltava hoje, uma pergunta que podia ser respondida com mais segurança dado o tempo massacrado da minha viagem até casa.
Um sorriso entendido fez-me babar, " já estão a dormir, está tudo bem, descanse, e mais uma vez muito obrigado."
Ouvia-se o cão a ladrar com atrevimento já por estar no seu pouso de pata ao alto possivelmente, ou por me ter pressentido.
Fechei os olhos, agradeci aos santos da igreja lá do pé e aos pescadores que me iam cravando cigarros em altura imprópria e por me terem distraído com a célebre frase "só foi chapa menino, muito sorte tiveram vocês". Vozes roucas do sal, ainda as oiço.
Desliga-mos a chamada como velhos amigos de uma hora e quinze minutos, respirei ar sem algas, sem nada.
respirei as coisas trazidas à muito escondidas no meu carro. já não as conhecia.
Vou tentar dormir depois de por gelo no pulso.
amanhã penso num valor para a venda do meu carro e ligarei aos pescadores sem querer ser mais uma vez estorvo, perguntarei novamente as mesmas coisas e se o cão já tirou o gesso.
:
06/05/2007
Dia Internacional do Riso
Ai que faz tanta falta o riso! Consigo o Riso quase todos os dias mais do que uma vez ao dia. Quando não consigo o Riso fico com uma cara mais feia. Quando consigo Rir reconheço-me logo. Quando não consigo Rir os meus alunos (um ou dois) dizem "professora respire fundo". Quando tenho um Sorriso quero-o mostrar a todos. O Sorriso faz bem aos olhos e ao coração, meu e dos outros. O Riso mesmo quando forçado por nós engana o nosso cérebro e ele produz serotonina! É verdade. O Riso tem muito poder. Há que pensar nisto.
Imagem: "Laughter" Magee, 2005
03/05/2007
O que acontece se um mestre do violino toca no metro?
(no seguimento da questão levantada pelo post do Rui Faria)
O Washington Post levou a cabo uma experiência muito interessante, que consistiu em contratar um dos maiores violinistas do mundo para tocar no metro de Washington DC logo pela manhã. O artigo publicado intitula-se Pearls Before Breakfast podem ver um video que registou o que aconteceu durante o tempo que o violinista Joshua Bell esteve a tocar obras primas da música clássica.
O Washington Post levou a cabo uma experiência muito interessante, que consistiu em contratar um dos maiores violinistas do mundo para tocar no metro de Washington DC logo pela manhã. O artigo publicado intitula-se Pearls Before Breakfast podem ver um video que registou o que aconteceu durante o tempo que o violinista Joshua Bell esteve a tocar obras primas da música clássica.
Fonte: Freakonomics blog
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