09/05/2007

Quando tudo está bem

Lourdes Castro. Imagem retirada daqui.
Hoje tive um dia plenamente recheado de acções construtivas entre professora e alunos, de entusiasmo, de vaidade por ser professora e conseguir criar uma relação de prazer da aprendizagem entre a teoria e a prática. Tive o prazer de ouvir o simpático apoio de colegas e encarregados de educação, mas sobretudo ver os meus alunos movimentarem-se autonomamente num espaço preparado por si, com trabalhos criados por si, apresentando-os aos visitantes orgulhosos do resultado final. Tudo se fez com optimismo. Olhava para os alunos e via-os felizes e entusiasmados…pensava…mas porque razão há dias em que tudo parece correr tão bem?

3 comentários:

Isabel disse...

Que bom Marta! Fico mesmo contente por ti!!
Na minha opinião, esses dias surgem por vezes no meio de outros tantos, mais desastrosos, mas são tão intensos que acabamos por nos concentrar para que "volte a acontecer". Mesmo não tendo consciencia disso, é todo um processo complexo, desde estados de epírito, muitos trabalhos conseguidos, um dia de sol... é importante nunca pararmos de insistir, porque acaba por acontecer. Digo isto pela minha experiência com os meninos e meninas do ATL, e ainda mais pela minha experiência como aluna, ou até quando integro um grupo de trabalho, seja ele qual for, se houver interesse de todos naquela matéria, as coisas não correm sempre bem, mas quando correm... é muito bom!

É muito importante insistir no que se gosta! Daí que é preciso saber do que se gosta...

Talvez uma boa questão - para alguns, e não para ti, está visto! - seja: mas afinal do que é que eu gosto?

Isabel disse...

Ah!!! Adorei a imagem! Adoro as coisas da Lourdes Castro!!! Obrigada!

Luís Cardoso disse...

Há importância nisso. Claro que há. Mas o importante é não sair de uma aula com o pensamento: "O que raio fui eu fazer ali dentro? Não ouviram uma palavra... Estar ali eu ou um capataz numa plantação de algodão no mississipi a obrigá-los a trabalhar dava o mesmo resultado..." Entusiasmemos os meninos, claro. Mas qualquer "fogo de artifício" tem a sua altura monótona, em que tem que entrar alguma motivação intrínseca de quem assiste para continuar a ver. Tenho grandes fatias de miúdos que não sabem do que "gostam". Mas estão com a impressão de que apenas não gostam de estar ali...
Hey, pessoal, nem tudo é mau! Tenho muitos que agarram as aulas e os projectos como selos em envelopes! Mas isso gera uma outra questão pra vós: Porque raio é que, no fim do dia, no meio de um mar de sucesso, só conseguimos reter aquela gotinha de água que podia ter corrido melhor?