18/04/2007

Livre exercício da curiosidade

Será preguiça estar a publicar videos ou textos de outros? Talvez sim. Mas talvez seja mais verdade a falta de tempo para escrever mais aprofundadamente sobre as questões que acordam depois de algum tempo adormecidas, ou questões que nascem.
O link deste post está relacionado com post anterior "Do schools today kill creativity?" que me trouxe à memória um excelente programa "Câmara Clara" que passou na RTP2 em 12 de Janeiro de 2007. Na página deste programa na RTP estão arquivados os programas disponíveis para ver online.
O resumo que o apresenta diz o seguinte: «No que é que a Filosofia pode ser útil a um neurocirurgião? Quando está instalada a polémica devido ao progressivo apagamento da Filosofia no Ensino Secundário, Paula Moura Pinheiro recebe o médico e ensaísta João Lobo Antunes que vai contar-nos por que foi importante a Filosofia na sua formação e por que permanece central na sua vida pessoal, literária e profissional. »
Uma frase dita durante esta conversa, toda ela interessante, me marcou «Livre exercício da curiosidade». Quantas vezes enquanto aluna e cidadã senti que este livre exercício não existia. Tudo mudou (para mim) com o acesso livre à Internet.
Voltei a pensar nesta questão que coloco frequentemente, sobretudo no papel que poderei ter para tornar mais possível o livre exercício da curiosidade. Poderemos ter algum papel nisto? Fica levantada a questão...

1 comentário:

Isabel disse...

Eu penso que sim. Vejo a curiosidade como uma atitude e, agora que levantas essa questão de ter a curiosidade como um exercício, talvez faça todo o sentido... É que agora parece que, de cada vez temos tudo mais "à mão", as experiências são-nos antecipadamente bidimensionalmente demonstradas, temos a sensação que sabemos sempre o que vai acontecer e... a curiosidade? Será que com o passar do tempo deixou de ser um gesto natural? Será agora, mais do que nunca, uma espécie de exercício que devemos repetir diariamente para que sejamos "mentalmente" saudáveis?
É que, caso a vossa resposta seja afirmativa então parece-me que todos podemos contribuir, chamando à consciencia daqueles que ainda estão distraídos, dormindo sobre esta questão. Ou não?