24/06/2007

Amor e comunicação

Em tempos, ficou registado neste blog que publicariamos alguns posts sobre o amor. O Rui Effe originou a discussão deste tema com a publicidade ao "Ciclo de mini-espectáculos para ficar a perceber ainda menos sobre o amor"... o Rui Faria publicou uma imagem que gerou alguma discussão ... a Aurora afirmou convicta que amor é sobretudo "dar", e recordo ter lido um comentário da Isabel sugerindo que talvez o amor pudesse não ser uma questão.

Recordo-me de uma conversa animada entre músicos, que ouvi há muitos anos e que fixei. Um músico colocava a outro esta questão: explique a razão pela qual no México o tema de tantas canções é a falta de água?
O músico Mexicano responde que nos outros países se canta sobretudo o amor, no México a água...cada um canta sobre aquilo de que mais tem falta!

Este post surge porque li em Guardian Unlimited online, a entrevista intitulada He Loves Me Not* da qual transcrevo uma pequena parte: When a boyfriend dumped her by email, French artist Sophie Calle asked 100 women to read it - and became the star of the Venice Biennale.
Picture this. You're one of France's best-known living conceptual artists. You're 51 and visiting Berlin. Your mobile beeps, it's an email from your boyfriend. In a hideously self-absorbed message about human emotion, he dumps you electronically, saying it hurts him more than you. He signs off: "Take care of yourself." You're heartbroken. Then you think of its potential as art.*

O amor inspira à acção ou criação, por falta dele ou satisfação, por comunicar o seu auge ou o seu desaparecimento...



5 comentários:

clica no play disse...

o amor tal como a tristeza, a depressão ou ansiedade é um estado de desiquilibrio emocional que se manifesta fisicamente por comportamentos pessoais e sociais visíveis.
a pessoa que "padece" deste síndrome entre muitas outras coisas apresenta-se mais sorridente, positiva e satisfeita do que aquele que não é usufruidor de tal patologia, tal como sempre verificaremos.
tal como as bactérias, o amor é tido como algo que de uma ou de outra forma pode ser prejudicial ou ainda necessário ao bom regulamento físico do corpo.porque? veja-mos.

como dizes aqui a marta, canta-se o amor aqui e acolá como tentativa de registo para "o todo sempre " de um sentimento que sabe periódico. acredito e desacredito que este sentimento tido como "carnal + espiritual "ao qual colocaram o nome de "amor/amore" (pela mitologia grega) nome do filho de vênus e eros e(pela mitologia romana) que era também o deus da paixão e do desejo, somado ao sentido que a teologia emprega, "Àgape" como caridade "carita" seja o reflexo
de um sentimento que transforma fisicamente quem seja seu portador, porque há quem o manifeste mais ou menos explicitamente. no entanto, sendo assunto de exploração expoentemente poética, este " sentido ", estado delinquente e patológico atravessou desde sempre as barreiras da razão, fazendo com que esta seja por vezes esquecida e tida como menos importante em variadissimos assuntos. assim, a fuga ainda que não apercebida da "razão" leva por várias vias a não se atribuir nem dispensar a devida/merecida importância a assuntos não tão "emotivos". não esqueçamos as velhas formulas expressas daqueles que manifestam este sentimento " sinto-me a flutuar.", " hoje não me apetece ir trabalhar, só quero estar contigo", "vamos fugir de tudo e de todos ...."

congruente será dizer também que a consciência deste emaranhado de situações é visto com mais clareza por quem não padece ainda ou não está disponível para portar às suas costas mais uma vez tal complexidade emocional nas suas vidas.
seria aqui pertinente usarmos estudos científicos já feitos sobre o assunto e mais ainda usarmos as teorias até hoje explicadas da "consciência" como o "sentimento de si" estudo exploratório acerca do mesmo por antónio damásio.
suponho ainda que este sentimento é um estado emocional semelhante ao suicídio do estado mais aproximado da nossa própria e verdadeira grandeza racional, seja ela grande ou pequena.
sem me querer espalhar de forma a tentar convencer seja quem for que esta teorização sobre este assunto é deveras verídico, verifico por fim que só vemos e usufruimos da "nossa" - capaz- racionalidade total se isentos do sentimento em causa, e abdicarmos da sua totalidade caso estejamos disponíveis ou tenhamos sido apanhados pelo "amor". por conseguinte, que é difícil consciencializar que somos imunes a tal "virose" é deveras impossível. terá a consciência racionalmente guardado "lugar" na sua homnipotência ao amor ou outro estado emocional aproximado? ou será mais correcto invertermos esta questão ao ponto de ser colada desta forma; será capaz o nosso "sentido emocional" dar espaço a um desenvolvimento de uma emoção complexa e passar a exprimir as nossas emoções racionalmente?

com isto presumo responder de forma pessoal à questão colocada(implicitamente) em post, pois a comunicação do que quer seja terá como charneira "o emocional e o racional" se esta for resultado de um entendimento entre estes dois pólos.assim, o amor pode ser meio à produção artística tal como a morte ou mesmo uma formula ou sistema matemático, basta termos o "sentido" do "objecto" a ser criado.

Anónimo disse...

Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.

Marta Pinto disse...

Obrigada Rodrigo. Que tal criar uma camiseta inspirada neste post?
:)

Marta Pinto disse...

O amor racionalmente dissecado por Rui Effe. Obrigada Rui, pelo teu ponto de vista sempre único, objectivo, dentro da complexidade das referências. :)

Isabel disse...

Sinto dificuldade em pensar o amor... É algo imprescindível à VIDA tal como a àgua... Será que tendemos em expressar-nos artísticamente sobre o que achamos importante para nós e que sem o qual morreríamos?...