21/06/2007

Comunicação/Emoção

«Communication is the transfer of emotion.
Communication is about getting others to adopt your point of view, to help them understand why you’re excited (or sad, or optimistic or whatever else you are.) ... You can wreck a communication process with lousy logic or unsupported facts, but you can’t complete it without emotion. Logic is not enough.»(lido aqui)

Muito interessante a primeira frase, que me parece abranger qualquer tipo de comunicação. Já na segunda parte, que refere o objectivo da comunicação como sendo o de levar os outros a adoptar o nosso ponto de vista..., já tenho algumas dúvidas. Será assim para uma grande parte dos processos de comunicação, sobretudo para o processo que levou o autor da frase a escrevê-la, a "venda" de uma ideia no meio empresarial por exemplo.

Mas questiono, será esse também o objectivo na arte?
Um artista expõe os seus trabalhos e é através deles que comunica, mas se não está presente sempre que alguém se encontra perante os seus trabalhos, como os convence a adoptar o seu ponto de vista? Será "convencer o espectador" alguma vez o seu objectivo?

Como decorre o mesmo processo em ciência? Se descobertas científicas não são comunicadas, ou deficientemente comunicadas, com emoção a mais ou a menos, que consequências tráz?

Estamos todos a desenvolver dissertações de mestrado ou doutoramento, a comunicação eficaz da ideia e desenvolvimento do trabalho, é para nós um problema que deverá ser bem resolvido.

Como docentes, sabemos muito bem que a comunicação sem emoção não obtém os mesmos resultados.

Como participantes em blogs ...

...


6 comentários:

Bandida disse...

não há dúvida que a primeira frase é a verdade da comunicação. a transferência da emoção. e assim é tudo. com base na ideia e na leitura sonora ou visual do ponto comunicante. sabemos que o som é fundamental para vender uma ideia, i.e., o tom de voz. o olhar. o gesto. e a cor. e o efeito. e ... o que é que estamos aqui a fazer? eu vendo a minha ideia sobre a vossa ideia e esperamos a troca. ou não?


gostei muito do vosso blogue.


B.
_______________________________

Marta Pinto disse...

Obrigada B!
O teu blog é sem dúvida um bom link para estar neste blog. Há que trocar ideias:)

Isabel disse...

Alinho nessa troca que é nossa;)

Acho que a transferência de ideias próprias nos devolve uma noção de realidade próxima de uma consciencialização do si...

intruso disse...

...da inevitabilidade da comunicação;
como respirar.

[sendo que comunicar nem sempre é deixar uma mensagem objectiva, especifica...

comunicar é INspirar e expirar;


na arte... as questões ainda são de resposta mais complexa...
penso que o objectivo não é convencer ninguém de nada,,,

a obra está ali, comunica-se a si própria)


gostei muito do post...
vou linkar o blog, posso?

Marta Pinto disse...

Obrigada:)
Claro que sim, podes linkar o blog!

"Intruso", algumas questões suscitadas pelo teu comentário:
Por exemplo, estou agora a lembrar-me das fotografias de Sebastião Salgado. É arte. Mas não tentará ele convencer o mundo que as realidades que fotografa existem, e sobre as quais (algumas) é urgente intervir?

Vangogh, não tentaria convencer-se a si próprio que o mundo podia/era possível ser visto de um ponto de vista diferente? e até convencer os outros?
:)

clica no play disse...

tenho para mim que "Arte" ou o que quer que lhe chamemos, nao tem por obrigação a nada, a nao ser responder como"objecto" resultado de uma ideia ou "imagem" daquele que a concebeu. evidente que, quando fazemos um bolo, por bonito que esteja e até doce, podemos sempre considerar que devia ter levado mais chocolate, ao passo que a "nossa visita do chá" considera-o já doce demais. o que justificamos sempre "ohh nao correu como eue queria" aqui está uma justificação para que a visita considere que até somo bons fazedores de bolos.
logico qu equando falamos em "bolos" estamo smai sno campo cientifico pelo facto de se tratar de uma formula"ainda qu esujeita a experimentações do momento" no entanto todos os artista que foram e são consierados artistas justificam o seu produto, ainda que nao haja essa necessidade. mesmo que se trata de uma reprodutibilidade técnica, como por exemplo a fotografia, as coisas por mais que sejam retrato de uma realidade evidentemente nossa conhecida, ha sempre a questão do porque do onde e do como, para seguramos o objectivo e fim da intensão.

tenho para mim ainda que o objecto artistico tem como principio o levantamento de questões seja para o seu produtor como para o seu usufruidor.
o que evidentemente levará a uma construção emocional , propria , colectiva tal como a uma construção racional mais ou menos evidente. a consequencia disto será certamente também individual e colectiva, dependendo do propósito da sua directiva.

(digo eu)